Em 7 de abril de 2025, os mercados financeiros globais enfrentaram um dia de extrema volatilidade, influenciados especialmente pela intensificação das tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China, as duas maiores economias globais. A declaração de ambos os lados sobre tarifas a serem impostas sobre as importações causaram apreensões ao redor do mundo sobre uma possível guerra comercial, que possivelmente causaria uma recessão na economia global.
Mercado Brasileiro
No Brasil, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, registrou uma queda de 1,31%, encerrando o pregão aos 125.588,09 pontos. Ao longo do dia, o índice oscilou entre uma máxima de 128.411 pontos e uma mínima de 123.876 pontos, sendo o volume financeiro negociado de R$ 43,71 bilhões.
Ainda, o dólar comercial também apresentou alta significativa, fechando com valorização de 1,24%, cotado a R$ 5,9107. Essa elevação expressiva reflete a busca por ativos considerados mais seguros em meio às incertezas globais, buscando principalmente países considerados mais seguros frente ao mercado brasileiro.
Mercados Internacionais
Nos Estados Unidos, os principais índices acionários tiveram desempenhos mistos, mesmo com as incertezas após o Liberation Day, na última quarta feira (02):
- Dow Jones Industrial Average: apresentou queda de 0,91%, fechando aos 37.965,60 pontos;
- S&P 500: teve leve recuo de 0,23%, encerrando em 5.062,25 pontos;
- Nasdaq Composite: mesmo com o desempenho mundial, apresentou ligeira alta de 0,10%, alcançando 15.603,26 pontos.
Durante o pregão, o S&P 500 chegou a entrar em território de “bear market”, caracterizado por uma queda de 20% em relação ao seu pico recente. Rumores ao longo do dia sobre uma possível suspensão das tarifas por parte do presidente Donald Trump geraram breves momentos de recuperação nos índices, mas foram rapidamente desmentidos pela Casa Branca, resultando em novas quedas e maiores perdas no mercado.
Na Europa, as bolsas também registraram perdas expressivas:
- Ibex 35 (Madri): queda de 5,12%, retornando a níveis de meados de janeiro.
- FTSE MIB (Milão): recuo de 5,18%.
- CAC 40 (Paris): diminuição de 4,78%.
- FTSE 100 (Londres): queda de 4,38%.
- DAX (Frankfurt): redução de 4,13%.
Ainda, as bolsas asiáticas sofreram fortes perdas devido às preocupações com a guerra comercial. O índice Nikkei 225, de Tóquio, apresentou queda de mais de 7%, atenuada por um circuit breaker que interrompeu as negociações por 10 minutos, a fim de reduzir a chance de ataques especulativos; já o índice Hang Seng, de Hong Kong, apresentou queda de 13,2%.
Portanto, a intensificação das tensões comerciais entre EUA e China, com ameaças de novas tarifas e retaliações, tem gerado incertezas significativas nos mercados globais, levando investidores a adotarem posturas mais cautelosas e a buscarem ativos considerados mais seguros. Títulos de renda fixa em mercados estabelecidos, como os Estados Unidos, apresentaram aumento em suas demandas ao longo do dia, com investidores buscando fugir da renda variável.